segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Campos do Jordão é caro, mas é uma graça...

É cara sim, mas vamos por partes...

Logo após nossa chegada do carnaval (que relatarei em breve), Junior me pediu para ver o nosso próximo roteiro. Esse ano estamos bem caídos de feriados em dia de semana e, sendo assim, achei uma boa data para uma nova viagem: mês de julho, inverno, meu aniversário e nosso aniversário de namoro. O melhor era que até lá dava pra juntar uma graninha (tivemos uns contratempos até a data, mas deu tudo certo).

Alta temporada em Campos de Jordão e já sabíamos que lugar barato não iríamos encontrar, para não deixar tudo em cima da hora comecei a mandar e-mails para as pousadas. Eis que as respostas estavam me assustando bastante, tudo acima de mil reais! Gente, eu vou passar um final de semana e não uma semana!

Duas pousadas me chamaram a atenção e claro que decidimos ficar com a mais "barata", como estávamos em março depositamos os 50% e o restante seria somente lá. Achamos uma boa, até julho não ficaria tão pesado. E assim fechamos com a pousada Ponto de Equilíbrio. Ótima pousada! 

Enfim, julho chegou (e o Papa também, graças a ele ganhei mais dias de férias). Saímos do Rio na sexta por volta de 7 da manhã, a estrada estava tranquila, apenas uma parada na estrada e um acidente que causou uma pequena retenção. 

Por volta de meio dia chegamos na entrada da cidade e aí veio o problema, meu celular estava com 4% de bateria, eu estava me guiando pelo GPS e descobri que o carregador do carro não serve para nada! A única coisa que eu sabia era nome da pousada, o nome da rua e que tínhamos que virar para a esquerda a qualquer momento. O celular não resistiu, viramos para a esquerda e adivinhem.... não era a esquerda certa!

E agora? Seguimos a rua em que entramos e começamos a subir, a descer e a subir de novo... Vamos perguntar né, paramos na primeira pessoa que encontramos e ela não sabia. Continuamos na rua, sobe, desce, vira... Opa! Mais uma pessoa e nada, também não conhecia. Nessa hora o humor das pessoas começam a mudar né, pois é! Foi o que começou a acontecer, juro que estava quase parando em algum boteco para colocar o celular na tomada. 

Em um desses "sobe e desce" caímos em uma rua que não me era estranha. SANTO GOOGLE! E santa a minha memória fotográfica também! Como eu já disse isso em outro post, eu tenho mania de google e com isso eu tinha visto o caminho em casa. Estávamos exatamente em uma das ruas que iria nos levar para a pousada! Vira ali, agora vira aqui, eu acho que é por aqui e TA-RÁ! Olha a pousada ali!!! Ainda bem...

Chegando lá já dava pra sentir o que nos aguardava... o frio. A dona nos recepcionou e disse que na noite anterior havia feito -1°. Delícia! Conhecemos o nosso quarto, tudo arrumadinho, cheiroso, com uma lareira e varandinha. Tudo super aconchegante, adorei tudo. Realmente a pousada é super agradável, tirando um detalhe que já conto.

Largamos as malas e fomos direto para Capivari, o centro da cidade, nossa pousada não era longe e definitivamente entramos naquela esquerda errada. Agora sim, era mais fácil do que parecia. Em cinco minutos estávamos no centro, o problema agora era arrumar uma vaga. Entra aqui, entra ali paramos meio afastados, mas não tinha outro jeito. O tempo não estava bom e um ventinho bem frio cortava a gente. Primeira parada: feirinha! Na verdade foi a primeira, segunda, terceira... ôh cidade pra ter feirinha, o que mais tem! A primeira feirinha que fomos era ao lado da Igreja São Benedito. Era boa, os preços são bem em conta em relação as lojas (claro!), mas em relação as feirinhas o valor não muda muito não. A dica é ver todas as barraquinhas mesmo para poder comprar o que quer. Entramos em galerias e mini shoppings e a fome começou a bater.

Eu já tinha pesquisado na internet alguns restaurantes e decidimos almoçar no Restaurante Nevada. Fica ali no centro mesmo, a comida é caseira, estava frio e era o mais próximo. Aí começa a minha queixa de que Campos do Jordão não é barata, comer nessa cidade é caro! Escolhemos um talharim ao molho branco com iscas de filé mignon (iscas mesmo.. rsrs). O problema foi o prato chegar né, demorou bastante, mas acho que é por ser caseiro né... O prato finalmente chegou e caímos dentro, estava bem gostoso, a porção para 2 pessoas serviu muito bem e ainda sobrou. Depois dessa massa o sono bateu né, não pedimos sobremesa pois a próxima parada seria na fábrica de chocolate.

A fábrica de chocolate Araucária era bem próxima a nossa pousada, no caminho. Uma bela parada, lá você pode ver como o chocolate é feito ( e de graça!), você também pode parar para tomar um café, um chocolate quente, tem uma área para crianças e claro, comprar chocolates a vontade. Ao entrar, o cheiro do chocolate era tão gostoso que nem visitamos nada, fomos direto comprar. Um do preto, um do branco, chocolate quente, pipoca (sim, pipoca!), trufas, bombons... ai, gente, que saudade! 



Fim de tarde na pousada, descansar para sair a noite. O frio aumentava cada vez mais e não queria sair debaixo das cobertas (para ir ao banheiro só com mita vontade). por volta de umas 7 e meia da noite decidimos que era melhor sair logo para não voltar muito tarde. E lá vamos nós para uma luta que ainda não conhecíamos: trocar de roupa no frio. Gente, era muito frio mesmo, as roupas dentro da mala estavam super geladas! Duas calças, duas blusas (uma normal e outra e lã com gola rolê), um casacão, meia e bota. Junior idem, duas calças (uma ciroula! rsrs), três blusas e um casacão. Bora pra rua!

A rua principal do centro estava fechada (eles fecham no final de semana), demos a volta por trás e por sorte achamos uma vaga de cara! Mais um passeio pela cidade, o frio estava gostoso (com tanta roupa também né), mas deu para segurar os 4° que chegou a fazer. O centro de noite é uma gracinha, todo iluminado, caminhando pelas ruas dá pra esquentar legal, ver as peruas com seus casacos de pele e botas de onça também é engraçado. E como não pode faltar, nossas amadas periguetes que não sentem frio. Ou seja, é um desfile na rua super interessante! 





Eu queria comer pizza e quando estávamos voltando a tarde para a pousada passamos por um restaurante que dizia que a partir das 19 horas serviriam pizza a lenha. Hummmm.... é o jeito que mais gosto! Fomos lá,  restaurante Cantinho da Serra. Os valores da pizza estavam em conta, isto é, bem parecidos com os preço daqui do Rio (R$ 38,00 uma pizza grande). Junior tomou sua querida cerveja e eu escolhi um vinho, claro! Na carta de vinhos você tem a opção de meia garrafa de vinho, adorei!


A pizza veio, pedimos meia calabresa e meia frango com catupiry. A primeira vista estava uma beleza, mas olha... que decepção. O frango da pizza estava suuuuper temperado e tinha muuuuita calabresa na pizza. Ou seja, na segunda fatia eu já estava me sentindo meio enjoada com essas misturas de temperos. Além disso, a massa da pizza não estava crocante como deveria, até achei meio crua.  Final das contas, restaurante super agradável e pizza caída.


Voltando para a pousada, estava mais frio que no centro e uma nova luta se iniciava, acender a lareira. Estava tanto frio que no quarto a fumacinha saía pela boca, mas nada de lareira. Definitivamente precisamos de um curso para fazer isso, colocamos a lenha como o funcionário explicou (ele já tinha ido embora, já era tarde), o fogo pegava mas logo acabava. Junior teve a brilhante idéia de usar o secador na lenha, funcionou! Por 5 minutos... logo depois o fogo apagava. Usava o secador de novo e fogo por mais 5 minutos. Ficou quentinho realmente, mas somente nos 5 minutos. Começou a fazer uma fumaça desgraçada e um dilema surgiu: abrir a janela pra fumaça sair, mas aí a friagem iria entrar! Não tinha jeito, tivemos que abrir a janela. Fazer o que né, finalmente fomos dormir.

No segundo dia acordar foi difícil. Me desculpem, sair da cama que foi difícil. Fomos tomar café e o dia estava lindo! Um sol gostoso mas com aquele friozinho. Estava tudo delicioso, pão quentinho, queijos, presunto, geléias, iogurtes, café, leite, sucos... pena que não tinha ovo!


Mais uma vez fomos para o centro e achamos uma vaga logo no início da rua principal. Ótimo, o dia estava cheio de programas. 

Primeira parada no passeio de trem. Existem 3 passeios: um de meia hora (R$8,00), um de 1 hora (R$ 11,00 e outro de 2 horas e meia (R$ 45,00). Fomos no de meia hora, confesso que não sou muito fã de trem. Nervosismo a parte, o trem é uma gracinha e o passeio não tem nada assim que me faça querer repetir, mas as crianças adoram!



Saindo do trem fomos em direção ao famoso teleférico, mas no meio do caminho tinha uma feirinha! Claro que paramos por lá e fomos em todas as barraquinhas. Depois de algumas comprinhas, vimos o teleférico com uma enorme fila, mas até que andava rápido. Com o ingresso de R$ 11,00  cada um lá fomos nós! Uma subida agoniante (não gosto de altura) mas com a vista para a cidade toda. Adivinhem o que encontramos lá em cima no morro.... uma feirinha! Sinceramente o teleférico é válido apenas para tirar fotos a cidade, dá até pra ir de carro mas existem poucas vagas lá em cima e fica um tumulto só. Fotinho aqui e fotinho aqui, vamos descer né!




Marcamos uma visita as 3 da tarde na cervejaria Baden Baden e não daria tempo de escolher um restaurante, sentar e comer. Sendo assim, seguimos até o famoso pastelão do Maluf. Chegando na esquina vimos uma enorme fila e realmente não ia dar tempo, conclusão de lanche rápido: Bob's! Comemos e agora sim o tão esperado passeio da viagem: a cervejaria Baden Baden

Chegamos na hora cravada (valor R$ 15,00 cada um) e nos juntamos ao grupo e o tour começou. Na verdade um mini tour, é uma micro cervejaria, ou seja, não é grande. Ficamos apenas em pé onde a cerveja é produzida (não pode tirar fotos)  enquanto a guia explicava desde o início da idéia até como a cerveja é feita. Adoramos a explicação de tudo, bem legal mesmo. Próximo passo seria a degustação, passo muito difícil.... No tour você pode experimentar a cerveja clara e a escura. Ainda ganha um copo de brinde, bom mesmo! Por fim, a lojinha para as compras. Qualquer pessoa pode comprar na loja, mas o tour somente reservando o horário pelo telefone. Na loja da cervejaria os preços são mais baratos que aqui no Rio e bem mais baratos que no centro de Campos de Jordão. Uma loira, uma escura, uma golden, uma de trigo... Ai, compramos muita cerveja!





Voltamos para o frio da pousada e descansamos um pouco. A noite fomos de novo para o centro e vou te falar, o termômetro marcava os mesmos 4° (mas a sensação térmica era de 0°, sem dúvidas!). Fomos em umas lojinhas que não tínhamos ido na noite anterior e não dava para ficar andando muito pra lá e pra cá não. Fomos para o pastelão do Maluf ! Não tinha tanta fila como a tarde, mas estava bem cheio, todas as mesas lotadas e uma pequena fila para comprar. Pegamos o cardápio na fila para escolher o tão famoso pastel de Campos do Jordão.

Essa pastelaria é famosa pelo tamanho do pastel,ele é bem grande e com bastante recheio. Realmente, eu vi algumas pessoas comendo e vi que é super recheado. Minha decepção começou logo que peguei o cardápio. Estava seca por um pastel e por um pastel de camarão, fui descendo o dedo no cardápio até chegar no camarão e fui levando o dedo para a direita até chegar no preço. Pois é...  o preço.  Quase caí pra trás com o preço de um pastel: R$ 26,00!!! Gente, por favor, eu nunca vou dar R$ 26,00 em um pastel!!!! Achei que estava lendo errado, fui lá em cima no cardápio para ver o pastel mais barato, era o de carne e por apenas... R$15,00!!! De jeito nenhum, não pago mesmo! E outra, não há nem atendimento nas mesas, você tem que pedir, esperar a senha e buscar. Aposto que não deixa a desejar em nada ao pastel da Mananciais (pessoal de Jacarepaguá sabe o que estou falando e prometo que farei um post só pra ele), bem maior que o do Maluf e infinitamente mais barato (paga no máximo R$5,00)! Também com o nome de Maluf, o que podemos esperar...

Muito frio na rua, sem cabeça para pensar e decidir o que comer. Olhamos para a frente e lá estava o mesmo restaurante que almoçamos no dia anterior. Voltamos lá e pedimos o famoso arroz, bife e batata frita. Não foi barato, novamente porção para duas pessoas, novamente tivemos que aguardar bastante tempo, mas a comida chegou e comemos muito bem, sobrou um pouco também, afinal eram dois pedações de carne muito gostosa e macia.

Conta paga e só queira voltar para a pousada, mas até chegar no carro foi uma luta! Muito frio mesmo e o carro dessa vez estava longe. A neblina começou a cobrir a rua e o termômetro marcando 4° (tava errado, não é possível). Tremedeiras a parte, chegamos na pousada e mais uma tentativa de acender a lareira que foi por água abaixo... ou melhor, frio abaixo. 




Domingo de sol e último dia, tomamos o nosso cafezinho, arrumamos as malas e fechamos a conta. Comentei com algumas pessoas, a pousada só não ganha nota 10 pois eu acho que deveria ter aquecimento nos quartos. Só a lareira não adianta não...

Mas não fomos embora ainda. vamos curtir mais um pouco. Dessa vez fomos visitar o pico do Itapeva. Lugar lindo, vista incrível. Chegando lá, a vista era de apenas nuvens, estávamos acima dela. São 2.030 m de altitude e é possível avistar 15 cidades do Vale do Paraíba. Ao decorrer do tempo lá em cima, as nuvens foram se dissipando e conseguimos ver um pouco das cidades. E adivinhem o que tem lá em cima também..... feirinha! E por incrível que pareça os preços são mais baratos do que as lá de baixo. Descendo o pico paramos em um lago incrível, onde se pode fazer tirolesa!







Na volta do pico paramos em um outro ponto turístico, a Ducha de Prata. Nada de especial o lugar,  mais um local com feirinha, algumas quedinhas de água, vale a pena só para tirar umas fotinhos. A dica é para quem tem criança, elas adoram esse lugar.

E para fechar a viagem, última parada antes de pegar a estrada foi a fábrica de chocolate, comprar mais um pouquinho de chocolate né!

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